segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

LIVRO: Devo Tudo ao Cinema - Como Venci o Bullying com a Arte (Octavio Caruso)



DEVO TUDO AO CINEMA: Como venci o bullying com a arte
Autor: Octavio Caruso
Editora: Litteris
Categoria: Romance Brasileiro
152 páginas - Ano: 2013


Sinopse:
Qual a relação entre o bullying e o cinema? A resposta está nesse livro, onde já nas primeiras páginas, numa convivência muito próxima com o personagem central, vamos conhecer e entender acerca desse ato hostil e violento. Cada capítulo nos leva a viver o cinema na sua intensidade e beleza, e ao chegarmos a última página estaremos profundamente conscientes desse mal e de como agir para evitá-lo. Octavio Caruso nos faz entender como a sétima arte é capaz de servir de ponte para a cura desse tipo de comportamento. Um livro singular, porque tudo nele é real.
(Artur Rodrigues - escritor, editor e produtor)





Minha opinião:
(Texto escrito e publicado originalmente em 03/11/2013, no Skoob)

Cinema é vida

Certo dia, vi numa rede social que esse livro havia sido lançado. Meus primeiros pensamentos foram “Adorei o título!” e “Que legal, mais um conhecido lançando um livro!” É muito bom ver pessoas que admiramos realizando seus sonhos. Conheci o Octavio por meio de uma paixão em comum: o cinema – através de uma rede social de filmes. Depois passei a acompanhar alguns de seus textos, gostei bastante e, verdade seja dita, não era surpresa que seu livro tivesse tamanha qualidade.

Pra começar, eu me identifiquei muito com a história. Eu também adorava minhas “viagens à locadora na infância”, voltava sempre com um VHS novo e sempre queria assistir mais e mais filmes. Assim como o pai de Antonio, eu gravava vááários que passavam na TV, e tenho as fitas guardadas até hoje – além de também catalogar todos os filmes que tenho (coisa que CONTINUO fazendo, com os VHS e DVDs, numa média de 600 filmes).

E são várias as minhas semelhanças com Antonio, o protagonista do livro. A introversão, a timidez, o bullying sofrido, o sentimento de incompreensão, o “ato impulsivo” da adolescência (que no meu caso também deu errado), o gosto pela escrita, a publicidade como curso, a monografia relacionando a publicidade com o cinema, o aprendizado da língua inglesa sem cursos (ok, não sou fluente, mas já é uma grande semelhança). Eu também fiz teatro, eu também escrevi roteiros de filmes e de uma peça.

O livro me fez lembrar da emoção de minha primeira ida ao cinema. Fez lembrar até do dia que, ainda pequeno (não lembro minha idade, mas era menos de 10 anos, isso eu sei), menti pra minha mãe que ia ao cinema com “coleguinhas e seus responsáveis”, quando na verdade eu não tinha ninguém com quem ir, e ia sozinho mesmo, no cinema de um bairro aqui perto. Lembrei também de quando eu pegava os bonecos e criava histórias com eles, coisa que era quase uma rotina aqui em casa, e tinha até plateia (minhas primas, rs). E fazia “minifestivais de cinema” aqui em casa, por dias seguidos, com direito a um guia dos filmes que eu colocaria no meu videocassete.. Nostalgia pura. Saudade de quando um dos maiores problemas que eu tinha na vida era saber que a fita estava acabando e que eu precisaria pedir à minha mãe pra comprar uma nova, pra continuar gravando os filmes que eu queria. Ou, pior, que eu precisaria apagar algum filme pra gravar outro que considerava melhor – só que eu sofria pra desgravar quaisquer filmes, rs.

Os sonhos mágicos de Antonio se misturam à história do cinema, e é fascinante rever trechos de como tudo começou, ver nomes como os dos irmãos Lumière e do George Méliès.

A obra segue informando.. fala de técnicas, informa, alerta, inspira, faz você confiar mais nos seus sonhos e, principalmente, acreditar que é capaz de realizá-los. O fato é que eu terminei o livro com sorriso no rosto e essa sensação é simplesmente incrível. Ganhou pontos comigo simplesmente por ser uma obra que me desperte essa vontade de nunca desistir, de seguir em frente, rumo àquilo que tanto quero, rumo à realização dos meus sonhos – e olha que são muitos.

Uma pergunta, feita no posfácio, fica no ar: será que é “ficção ou uma história bem contada de fatos reais”? Bom, sendo uma ou outra, o efeito é o mesmo, e esse se tornou um de meus livros favoritos.
Obrigado por essa obra, grande Octavio.


P.S.: Sim, essa história poderia virar um bom filme, hein? E eu voto a favor! ;)


Nota: 4.5 (de 5 estrelas)



postado por Bruno Souza.
Segunda, 23 de dezembro de 2013. 12:00




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