segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

LIVRO: Will & Will - Um Nome, Um Destino (John Green + David Levithan)



WILL & WILL - Um Nome, Um Destino (Will Grayson, Will Grayson)
Autores: John Green e David Levithan
Editora: Galera
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance
352 páginas - Ano: 2013


Sinopse:
Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.





Minha opinião:
(Texto escrito e publicado originalmente em 22/01/2014, no Skoob)

É apenas amor

Basta ver que um livro foi escrito pelo John Green, que eu já tenho vontade de ler. Desde quando ainda estava lendo “A Culpa é das Estrelas”, já sentia vontade de ler mais e mais histórias desse autor que passei a gostar tanto. E aqui ele divide a autoria com David Levithan (que escreveu “Todo dia”, entre outros sucessos).

“Will & Will” é, sem dúvidas, um dos livros mais divertidos que eu já li. Escrito por dois ótimos e respeitados autores, o livro apresenta a história de dois jovens bem diferentes, mas com UMA coisa em comum: o nome Will Grayson. Cada capítulo é escrito sob o ponto de vista de um dos dois.

Os capítulos ímpares são narrados pelo “Will Grayson do John Green”, heterossexual, que logo conhece Jane e se sente atraído por ela. Ele vive sua vida sem exigir demais, sem esperar nada, se define como “prático”. Filho de médicos, curte a companhia dos amigos e tudo aquilo que a maioria dos adolescentes do ensino médio curte.

Já nos capítulos pares, a narração é do “will grayson do David Levithan” – escrito assim, com letras minúsculas, numa referência à linguagem da internet, que é onde o rapaz introspectivo passa boa parte de seu tempo. Dramático, homossexual, depressivo, esse Will vive reclamando de tudo e de todos. Mora só com a mãe, estuda, trabalha numa farmácia e, quando chega em casa, conta os segundos para conversar com Isaac, sua paixão virtual.

Pela forma de escrever, e também pela diagramação e pelo conteúdo, conseguimos distinguir bem um Will do outro. E é bem interessante acompanhar os dramas desses personagens de mesmo nome. Suas questões individuais, os fatos surpreendentes (como o caso do isaac, por exemplo – quem ler vai entender), até o momento em que as duas histórias se cruzam (o esperado encontro dos Will Grayson, que mudaria a vida dos dois).

Preciso destacar aqui a incrível sincronia entre os autores. Às vezes, dá pra sentir como se o livro tivesse sido escrito por um autor só. As visões se completam naturalmente, os detalhes são lembrados, os fatos se complementam. Sem falar nas surpresas (que eu preciso me controlar, senão acabo contando, rs) e no sarcasmo super presente, o que torna a história ainda mais divertida. A gente já termina o capítulo de um dos Will ansioso pelo que acontecerá com ele dois capítulos depois, mas também curioso sobre o que irá acontecer ao outro Will no capítulo seguinte. E é assim em TODOS os capítulos. Até quando termina, a gente se pega desejando que a história continue.

Os outros personagens também são bons e bem construídos, com características bem marcantes. Jane, Maura, a mãe de cada Will, o pai de um deles, etc. Mas tem um que é SEMPRE citado. O livro já começa falando dele, Tiny Cooper, o melhor amigo do “Will do John Green” e grande destaque da história como um todo (e que me fez sentir raiva em muitos momentos, por me lembrar MUITO de algumas pessoas que conheço e suas manias que me irritam, haha. Mas isso logo passou, é um personagem bem carismático, “apesar de tudo” que falei, rs.) Tiny é um homossexual grandalhão, extrovertido e egocêntrico, que escreve um musical sobre sua própria vida e quer apresentá-lo no colégio. Ele vive arranjando namorados e se decepcionando com todos, e depois arranjando novos. E é o amigo Will que fica ouvindo seus dramas.

Como já devem ter percebido, o romance homossexual está presente. Mas é tratado de forma natural, sem preconceitos, como realmente deve ser, e não como um tabu. O livro apresenta certas “críticas disfarçadas à sociedade”. Li em alguns lugares que a editora chegou a mandar uma cópia para Marco Feliciano, com a dedicatória: “Prezado deputado Marco Feliciano, é só amor. Talvez com esse livro o senhor consiga entender”.

Mais que tudo, podemos observar ao longo da história uma lição de amor e de amizade, fazendo-nos lembrar das coisas que realmente importam na vida. Tudo com muita originalidade e bom humor. Eu li esse livro MUITO rápido, tamanha era a ansiedade pelos fatos seguintes.

E terminei o livro já imaginando como seria se essa história fosse contada no cinema. Bom, “A Culpa é das Estrelas” já está prestes a ir para a telona. Quem sabe “Will & Will” também vá, num futuro não muito distante?

Ah, não sei mais o que falar desta obra, rs. Li a versão digital, e ainda quero comprar o livro, físico, certo de que lerei de novo. Gostei bastante, e ria o tempo todo. Surpreendente, emocionante, divertido, direto, e tem um final bonitinho também, rs. Recomendo a todos que leiam, principalmente de mente aberta.


Nota: 4.5 (de 5 estrelas)



postado por Bruno Souza.
Segunda, 10 de fevereiro de 2013. 16:00




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